quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Cidades costeiras e o nível do mar.

 

Nos últimos artigos temos tratado bastante da relação das cidades com os mares e oceanos.

Foram diversas ideias e soluções para pensar a ocupação destas áreas no mundo todo, já que é uma das maiores preocupações de um futuro próximo.

Recentemente o assunto voltou à pauta fortemente durante a  26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), principal cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) para debater questões relacionadas ao clima. O aquecimento global não deve diminuir nos próximos anos e as consequências são alarmantes. 

Circularam na internet imagens produzidas por cientistas da Climate Central que examinaram regiões onde as populações são mais vulneráveis ​​nos próximos 200 a 2.000 anos.

A linha da maré alta pode invadir terras ocupadas por cerca de 10% da população global atual (mais de 800 milhões de pessoas) após 3 °C de aquecimento. Muitas pequenas nações insulares estão ameaçadas de perda quase total e a Cidade de Santos será uma das mais afetadas.

Quando se trata de problemas de ecologia voltamos a citar a famosa frase “pensar globalmente e agir localmente”. Se o mundo todo não se comprometer com as metas estabelecidas não há muito o que fazer localmente.

Por isso ,é importante ter sempre em pauta assuntos sobre sustentabilidade, ecologia, Amazônia, florestas tropicais, áreas verdes, permeabilidade, redução de emissões, ou seja, o desmatamento de áreas verdes não é um problema da Amazônia apenas, as emissões de gases e poluentes não é um problema unicamente da China, ambos afetarão a vida nas cidades costeiras do Brasil e combinados aceleram a proximidade dessa fatal realidade.

Mês passado também foi apresentado relatório 2021 sobre a Lacuna de Emissões pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Este relatório mostra que as promessas climáticas apresentadas pelos países, combinadas com outros fatores não seriam suficientes e não evitariam um aumento da temperatura global em quase 3°C até o final do século. 

Diante deste atual panorama a inserção deste debate em todos os níveis, a iniciar pelo ensino básico, é urgentíssimo. Desta forma a lei  Municipal de Santos nº 3.935, sancionada este mês que prevê a inserção de conhecimentos sobre oceanos e preservação da vida marinha em diferentes formas de atividades pedagógicas na rede municipal de ensino é um grande passo para a ação local e um exemplo global para que o tema tome as devidas proporções.

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