quarta-feira, 25 de maio de 2011

Bandeiras de São Paulo na Casa Cor

Bandeiras de São Paulo chega a capital paulista
O curador Alvaro Guillermo instala a exposição na Casa Cor São Paulo até o dia 12 de julho

Depois de Milão (Itália), a cidade São Paulo recebe a exposição Bandeiras de São Paulo, na Casa Cor, que acontece até o dia 12 de julho, no Jockey Club, e tem a curadoria do arquiteto e designer Alvaro Guillermo, também criador do projeto.

A Alameda Gabriel Monteiro da Silva, uma das maiores ruas de decoração do mundo, foi a principal inspiração para Guillermo criar a exposição Bandeiras de São Paulo, um oferecimento do Gabriel Brasil Design, Plano de Relacionamento da Alameda Gabriel.

O objetivo da mostra é apresentar as influências que a capital paulista tem nos trabalhos de arquitetos e designers de interiores, por meio de ilustrações em bandeiras, que levam foto e perfil do profissional.

Entre os arquitetos convidados para expor sua bandeira, estão Oscar Niemeyer; Isay Weinfeld; Márcio Kogan; Oscar Mikail; Moema Wertheimer; Ieda, Silvio e Carina Korman; Leonardo Junqueira; Sueli Adorni; Consuelo Jorge; Marí Anní Ogloyan e Rubens Ascoli; Patrícia Anastassiadis; Fernanda Marques; Triptyque; Arthur de Mattos Casas; Jóia Bergamo; Gerson Dutra de Sá e Ana Lucia Salama; Olegário de Sá e Gil Cioni; Rogério Perez e Eurico Guedes e Paulo Marcelo, Brunete Fraccaroli, Ana Rita Souza e Silva, e Selma Tammaro.

As Bandeiras e o perfil dos profissionais participantes podem ser visualizadas no site www.bandeirasdesaopaulo.com.br.

Artigo Semana de Design de Milão 2011 - Revista Robb Report

MILANO DESIGN WEEK 2011
Uma semana do design mundial com forte presença brasileira.

Comemorando 50 anos, a feira ainda está jovem: 50 years Young.
São 50 anos importantes para nós, Brasil, pois em 1961 no seu inicio Sérgio Rodrigues ganhou o concurso de design promovido pela feira com a atual e famosa “poltrona Mole”. Havia neste prêmio, uma distinção ao jeito de ser brasileiro. A poltrona tem ótimo design, poucas peças com encaixes, bom trabalho de madeira e couro, mas o jeito que o Sérgio sentou nela para a foto anunciava a brasilidade.
Este ano foi nítido que a Europa está enfrentando ainda a crise econômica que abala os países de primeiro mundo.
Diante deste panorama mais uma vez design se apresenta como uma boa opção de negócios.

leia mais na revista

acompanhe no site

http://www.robbreport.com.br/edicao-17/design-milao/

Exposição MIlano Design Week 2011 Part Club Lar Center

Depois de 50 anos a Semana de Design de Milão continua jovem.
Com grande número de participantes, quase 100 ao todo, a delegação do Lar Center foi marcante neste momento histórico do Design.
Esta Semana nos oferece muitas oportunidades. Primeiro: o mundo do design pára e faz uma reflexão sobre a relação dos objetos com o ser humano. Sendo uma reflexão com vários públicos (fabricantes, vendedores, especificadores, consumidores e formadores de opinião), o evento fica mais interessante. Desta forma, o ciclo de consumo de design está atendido.
Outro ponto presente é entender o papel da inovação frente à importância da preservação cultural, dos objetos e dos valores regionais, que neste mundo global cada vez mais se aproximam, dialogam e encontram um lugar.
Também, para quem vai com freqüência, é possível perceber as tendências na medida em que determinadas propostas se repetem e são utilizadas por mais de uma marca, agradando ao público.
Por último, cabe destacar a importância da pesquisa séria realizada pela maioria das marcas presentes, inclusive nós brasileiros, que viajamos bem mais preparados, sabendo o que fazer durante esta semana.
O resultado disto pode ser observado no conjunto das fotos apresentadas aqui, que tem o filtro dos melhores profissionais que viajaram na nossa delegação. Esta seleção é significativa já que estes profissionais determinam ambientes, escolhem produtos, selecionam cores e materiais, enfim são estes profissionais que estão determinando as futuras moradias.
Com esta mostra concluímos uma fase de conhecimento e aprendizado, que se iniciou com um curso de um mês de encontros no Brasil, que continuou ao longo desta semana em Milão, Itália, e que agora de forma democrática é compartilhada com todos.
É o segundo ano consecutivo que o Lar Center realiza esta ação e que por este resultado podemos perceber que crescimento com conhecimento dá vida longa.
Alvaro Guillermo
curador



para ver mais: http://partclub.com.br/blog

EXPOSIÇÃO POLO DESIGN CENTER: DESIGN MILÃO 2011

Exposição Semana de Design Milão 2011.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bodas de Ouro do Design.


Semana de design de Milão comemora seus 50 anos de vida.
artigo publicado na Revista Marketing de maio 2011

A semana de design de Milão oferece tantos eventos que é impossível visitar todos, são tantos produtos apresentados que olhar, escolher, interpretar, filtrar, é uma tarefa que necessita de disciplina e metodologia. Só a feira chamada de “I Saloni” (os salões) são 10 pavilhões, este ano com: Móveis (design, complemento, contemporâneo e clássico), Eurolucce (iluminação) que acontece a cada dois anos, Ufficio (escritórios) que ocorre também a cada dois anos, mas havia três que não ocorria, e o Salone Sattelite que apresenta jovens e universidades. Este ano a feira comemorou 50 anos, ainda jovem, como dizia seu logo. Para nós, Brasil, super importante, pois em 1961 no seu inicio o Jovem Sérgio Rodrigues ganhou o concurso com a “poltrona Mole”. Havia neste prêmio, justo diga-se de passagem, um olhar ao jeito de ser brasileiro, a cadeira é fantástica, mas o jeito que o Sérgio sentou nela para a foto denunciava esta brasilidade.
Fora feira tem a zona Tortona que a cada ano cresce mais, são galpões com marcas consagradas e iniciantes que podem especular e experimentar mais que na feira, que é mais voltada a negócios. Na região do centro conhecida como o quadrilátero de ouro, as lojas ficam abertas em horários diferentes com muitos meetings e coquetéis. Todos mostram design, as lojas de moda e restaurantes se juntam ao evento. Este ano na Duomo bem enfrente à catedral no Palazo Affari, esteve a Brasil S.A. um evento totalmente brasileiro, no qual a cidade de São Paulo esteve presente numa exposição da qual fui curador “Bandeiras de São Paulo”, um oferecimento da Alameda Gabriel a rua do Design no Brasil, patrocinada por Arthur Decor, Breton Actual, Saccaro e Segatto. A região de Brera é outro espetáculo, conhecida pela boemia dos artistas desde 1500, tem concentrado um grande numero de lojas que somado aos bares e restaurantes a transformam num passeio único. E ainda a Triennale com várias exposições, das quais merece destaque a Mostra de Karim Rashid e dos irmãos Campana.
50 anos depois, com experiência na visita, e com muitos amigos acompanhantes (lojistas, empresários, arquitetos, designers, estudantes e professores) que me ajudaram a formar opinião, posso afirmar que é a vez do Brasil.
Foi o maior número de brasileiros na história a visitar a feira, o interesse dos estrangeiros por nós foi incomparável nas minhas visitas que as faço há mais de 20 anos. Os países de primeiro mundo ainda sentem a crise econômica, e parece que nós continuamos desperdiçando o momento. Foi evidente que as empresas que investiram em design tiveram presença marcante, e ficou claro,mais uma vez, que design não tem a ver com o “caro”, nem com materialidade, muito menos com extravagância, uma poltrona bem desenhada com uma instalação bem projetada é o suficiente para torná-la em sucesso como o caso da poltrona Moon de Tokujin Yoshioka para a Moroso.
Apresento a seguir alguns objetos, instalações, exposições e momentos que marcaram este aniversário de uma semana que transforma toda a cidade de Milão e mobiliza vários países, como nós, que já temos a semana no calendário brasileiro de design.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Livro Novas Fronteiras do Design

Lançamento do livro Novas Fronteiras do design gráfico dia 24 de maio, uma terça feira, das 18:30 às 21:30h, na Livraria da Vila, na Vila Madalena , Rua Fradique Coutinho 915, térreo, São Paulo. Organizado pela Profa. Dra. Gisela Belluzzo de Campos, conta com um artigo meu sobre Design, inovação e visão de futuro.


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vitrinas e cidadania


É preciso resgatar a cidadania
O mercado natalino no Brasil tem uma oportunidade única para criar uma identidade própria e propor novidades ao consumidor
Por Alvaro Guillermo*
matéria publicada na Christmas News 32

O Natal no Brasil tem seguido padrões americanos, o que nos coloca em segundo plano, pois além de não apresentar nada novo, é uma cópia falsa do que ocorre nos Estados Unidos. A neve é a maior evidência disso. Já as festas de Réveillon são capazes de trazer valores da cultura popular e características próprias muito evidentes,atraindo a atenção do turismo e da mídia internacional.
Eu acredito que o mercado brasileiro de decoração natalina deveria ter uma identidade própria, mas ainda falta uma ação líder e eficaz para promover essa mudança. Isso ocorrerá na medida em que as ações atuais não apresentarem resultados interessantes.
Se houver modificações na decoração de Natal no Brasil, deverá acontecer em, no máximo, três anos, ou teremos perdido uma boa oportunidade de estender a atenção que o mundo está dedicando ao Brasil e à brasilidade.
As mudanças que eu imagino para o Natal brasileiro dizem respeito aos nossos valores e a uma nova forma de apresentá-los à sociedade. Isso é difícil de se conseguir em tão pouco tempo, mas necessário para os desejos que o País está promovendo no cenário internacional.
Para fazer as pessoas saírem de casa nesse período festivo – o que, convenhamos, é muito desgastante nas grandes cidades, em função do trânsito que só piora – é preciso apresentar novidades.
Portanto, a decoração de Natal no País deve resgatar valores tradicionais e, ao mesmo tempo, propor inovações.
O mercado deverá encontrar resultados melhores nas ações regionais. Além de ser uma tendência mundial, que se afasta da pasteurização, as convivências multiculturais e regionais são próprias da cultura brasileira. Seria possível viajar por todo o País e encontrar um Natal diferente em cada cidade e, em algumas metrópoles, como São Paulo, um Natal diferente em cada bairro.

A força das vitrines
As vitrines são a maior estratégia do comércio para atrair os consumidores. Na semana de design em Milão, todas as lojas de rua investem em suas vitrines, que são fotografadas por milhares de turistas e rodam o mundo todo, tornando-se referências mundiais.
Mesmo sendo a semana de design, comerciantes de outros segmentos também mudam suas vitrines para aproveitar a ocasião, pois sabem do valor que elas agregam às suas marcas, já que os logotipos fixados nos vidros de forma sutil estarão presentes em milhares de fotos que circulam pelo planeta.
Emoção e cidadania Explorar os cinco sentidos não é uma estratégia de marketing, é dar atenção ao ser humano. Já está na hora de todos os projetos, principalmente os natalinos, terem como foco principal o ser humano, o que significa que todos os sentidos devem ser lembrados e explorados. Por isso, os corais, com suas músicas, fazem tanto sucesso.
Projetos que resgatem a vida urbana também são bem-vindos.
O Natal é uma ótima oportunidade para estimular o cidadão a sair para as ruas, andar à noite, se sentir seguro, passear, cumprimentar o próximo e depois voltar para casa e contar aos outros esse momento
inesquecível. Não podemos ver vitrines natalinas através de grades, ou de dentro dos carros. Isso é contra o próprio espírito do Natal.
Pensamos que é uma utopia conseguir isso. Esquecemos que, há 15 anos, era possível. Esquecemos que no Réveillon, na praia, isso ocorre de forma democrática. O Natal deveria explorar a possibilidade de as pessoas se encontrarem, saírem de casa. Isso favorece o comércio, estimula o consumo e atrai o turismo. Quanto mais pessoas na rua, maior a sensação de segurança. As decorações natalinas deveriam promover a cidadania.
Ações de Natal não deveriam ser efêmeras, e sim temporais, ocorrendo uma vez por ano, mas prolongando os conceitos por toda a vida. Como pessoas, queremos isso, o que explica esses rituais
resistirem ao longo do tempo. Um fenômeno recente é o interesse do consumidor em participar de ações de generosidade e doação.
Porém, a vida atarefada não permite que ele faça suas compras e ainda tenha tempo para participar dessas iniciativas, assim, as marcas que facilitarem isso conseguirão atender a esses anseios.

Nosso bom design
Estávamos acostumados a viajar para fora com o objetivo de encontrar tendências e soluções lá fora, importar (tropicalizar) e resolver os nossos problemas. Porém, nos últimos anos, quem faz este tipo de
transferência de ideias e visita as boas feiras e congressos, começa a perceber que nos outros países alguns valores tipicamente brasileiros são apresentados como tendências e esses empresários avaliam que é caro sair do País para copiar o que já se faz aqui. Faltou a eles uma visão dos bons valores brasileiros e ter saído na frente. Como tudo, o que vem de fora parece melhor, agora acreditamos que
nossos valores são bons, pois lá fora estão falando isso.
Por outro lado, a tecnologia digital tem colocado o mundo em conexão em tempo real. Os profissionais da área são o ponto forte dessa conexão e cabe a eles o papel de fazer pesquisas, resgatar valores e apresentar novas propostas. Como técnicos, deveriam ter um repertório apurado para convencer aos demais atores a acreditar nesse discurso.
O consumidor deve encontrar na decoração algo que mexa de fato com ele, algo de que sinta orgulho. As decorações natalinas devem contar histórias onde os consumidores se sintam representados.
 Não deve parecer que é a história de outros.



*Alvaro Guillermo é arquiteto, designer e professor de pós-graduação dos cursos Ciências do Consumo e Design Estratégico, da ESPM-SP, da Universidade de Buenos Aires (UBA) e da Universidade Nacional de Mendoza, Argentina.
Acesse o blog: www.maisgrupo.com.br/alvaro