terça-feira, 16 de novembro de 2010

50 anos feira internacional de Design Milão


Há 50 anos começava a histórica relação de Design entre Milão Itália e o Brasil. A feira Internacional de Design, hoje conhecida como os Salões de Design (I Saloni - Design Móvel, euroluce, eurocucina, entre outros) espera público recorde, além de ser data histórica, também há uma retomada dos mercados em crise nos últimos anos. Com o título I Saloni 2011: 50 anos jovens espera superar todos os números
Há 50 anos foram 12.000 visitantes e chegou a 297.460 em 2010 e se os primeiros 328 expositores distribuídos por 11.000 metros quadrados, agora no último ano foram mais de 2500 para mais de 200.000 metros quadrados.
50 anos que olham para o futuro, através de um projeto estruturado, que para além da habitual feira de comércio - o Salone Internazionale del Mobile, a Exposição Internacional de acessórios de decoração, e da bienal Euroluce SaloneUfficio e SaloneSatellite - envolver a cidade de Milão para oferecer um espaço de reflexão sobre a concepção, a indústria que tornou possível, na criatividade e na cultura.
De terça-feira 12 a domingo 17 de abril de 2011.
Em uma cidade com um projeto cultural multifacetado, com muitos acontecimentos históricos.
Inscreva-se Ultimas vagas:
www.vilacultural.com.br

domingo, 14 de novembro de 2010

jovens Profissionais 2011 Inscrições abertas

www.jovensprofissionais.com.br

Design Milão 2011


Curso sobre Design Internacional, com viagem a Milão abril 2011 -I Saloni
Últimas vagas - informações:www.vilacultural.com.br

Design, inovação e sustentabilidade

Três dos assuntos mais discutidos atualmente, o Design, a inovação e a Sustentabilidade, dificilmente são debatidos sob o mesmo prisma. Alvaro Guillermo, especialista nestes assuntos e autor de Branding: Design e Estratégias de Marcas, acredita na relação profunda entre os temas. O design projeta marcas e produtos. Tem a ver com o futuro e ajuda na diferenciação. Tem capacidade de descobrir os anseios dos consumidores e, ligado a inovação, contribui para o distanciamento de seus concorrentes.

O design é o principal responsável pela percepção da inovação. Olhe para o iPhone, por exemplo. Como ambos estão ligado ao futuro, só terão sucesso os produtos, serviços e marcas que forem sustentáveis. “A melhor forma de inovar é alinhar o design à sustentabilidade”, ressalta Guillermo. “Sustentabilidade é um conceito de vida melhor e o design pode entregar isso”, completa.

Postado por , Direto da HSM ExpoManagement 2010. Cobertura Especial Patrocinada pela TNS Research International - 08/11/2010

http://mundodomarketing.com.br/16498,192,blogs,design-inovacao-e-sustentabilidade.html

Design, inovação e Sustentabilidade HSM ExpoManagement 2010

Resumo da Palestra

Quando as empresas definem a Missão, Visão e os valores estão entre outras coisas definindo cenários futuros. Os valores são os primeiros pontos a serem abordados, é a partir da definição destes valores que as empresas apresentam sua identidade. Quando as empresas analisam todos os valores (positivos, negativos, bem desenvolvidos, e os que podem ser potencializados) iniciam uma reflexão que levará os participantes a perceber a identidade dessa empresa. São estes valores que nortearão as outras etapas, e que deverá ser uma ação cultural. É importante que neste exercício se perceba que está se cultivando uma marca, se quiserem colher frutos no futuro precisam semear e regar agora.

A missão deve basicamente responder às perguntas: por que existimos? Por que criamos esta empresa? O que fazemos? Como fazemos? E para quem fazemos? E A visão é uma ação de futuro, uma aspiração. A empresa deve vislumbrar cenários de futuro, para assim determinar o caminho que deve trilhar. Se hoje é assim e amanhã poderá ser assado, e como vemos nossa empresa fazendo coisas hoje para chegar nesse amanhã.

Esta introdução demonstra que o segmento empresarial e corporativo, convive constantemente com conceitos de futuro, e a construção de cenários que remetem a este possível futuro desejado.

Design significa projetar, planejar, designar. Todos os significados utilizados para definir “projetar” têm relação com distâncias, no espaço ou no tempo. Assim, design é uma ação distante desse momento atual e do ponto de partida. Entende-se, portanto, que design apresenta conceitos de futuro.

Quando utilizamos design, seja na criação de marcas, produtos, serviços ou estratégias estamos desenvolvendo a possibilidade de visualizar estes cenários futuros. Design ajuda as pessoas a se projetar no futuro, através do design podemos visualizar como os objetos, serviços, em fim, como a vida pode ser no futuro. É por este motivo que design está cada vez mais inserido no repertório das empresas e corporações.

A relação entre design e inovação é estreita e benéfica para ambos, na medida em que um favorece o outro. Design contribui para que a inovação seja perceptível e valorizada, e a Inovação contribui para que o design se afaste da cópia. Tudo que remeter para algo que já existe não é design nem inovação. Inovação pressupõe iniciar sempre algo novo, desta maneira assim como design a inovação acredita e considera a existência do tempo futuro.

A relação de ambos, Design e Inovação, com o futuro se garante com a real existência deste. Ou seja, para que o design e a inovação demonstrem que passaram do plano das idéias para se inserir no cotidiano é necessário que a visão de futuro que ambos criaram venha de fato existir.

Se o ponto básico até aqui é a possibilidade de criar cenários futuros e de este existir, então precisamos entender porque este futuro pode existir. Esta reflexão nos mostra que a discussão se baseia na existência do tempo, e este não é nada mais que uma referência do ser Humano. Quando falamos em tempo (Cronos) estamos de fato tratando do ser Humano, pois sem o ser humano o tempo, como o conhecemos, não existiria.

Design e Inovação têm maior valor na medida em que conseguem tratar com antecedência certeira estes futuros, na medida em que conseguem agora definir como será a existência deste ser humano no futuro.

Porém Design e Inovação de nada valem se o ser humano não existir no futuro.

Por este motivo é que ambos necessitam que o foco de suas ações seja a existência do ser humano no futuro.

Sustentabilidade é o princípio que gera as bases para a garantia da existência do ser humano e seu meio (ambiente, social e econômico) no futuro. Quando Design e Inovação fundamentam seus conceitos na sustentabilidade estes estão focados na existência do ser humano no futuro e passam a ser compreendidos pela sociedade. Nós vemos nestes a possibilidade de estender nossa sobrevivência e passamos assim a lhes dar um valor maior.

Os conceitos de sustentabilidade são muito complexos, precisamos de conhecimento prévio para entendê-los, por isto os discursos que tratam de sustentabilidade não conseguem nos demonstrar claramente que o futuro será melhor com sustentabilidade. Quando tratamos de sustentabilidade geralmente nosso pensamento rapidamente se remete às situações negativas da não utilização destes critérios, por este motivo quando falamos de sustentabilidade lembramos de queimadas na Amazônia, do degelo das camadas Polares e assim por diante. E na verdade estamos é tentando dizer o contrário, que só a sustentabilidade pode evitar isto.

Assim se estabelece uma relação entre sustentabilidade, design e inovação.

A sustentabilidade gera as bases necessárias para que a inovação e o design se desenvolvam de forma compreensível à sociedade, e com garantia da existência do ser humano no futuro. Desta forma a melhor maneira de desenvolver conceitos de inovação e design é com princípios de sustentabilidade.

E o design permite que a sustentabilidade seja apresentada agora através de seus conceitos, e assim quando vemos objetos, marcas serviços estratégias com design baseados em conceitos de sustentabilidade estamos vendo como estes conceitos de sustentabilidade podem nos dar um futuro melhor.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Design inglês nos trópicos

Móveis moderninhos da Established & Sons chegam ao Brasil, trazendo o melhor da vanguarda artística em decoração

Por Vanessa Barone publicado na Isto É dinheiro - http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/27857_DESIGN+INGLES+NOS+TROPICOS

Esqueça os papéis de parede floridos e as poltronas com aspecto do início do século XX. O design inglês que acaba de desembarcar no Brasil não tem nada de antiquado. Pelo contrário: representa o que de mais contemporâneo tem sido produzido pela vanguarda mundial. Assim são as criações da Established & Sons, fabricante de móveis e artigos para iluminação e decoração estabelecida em Londres desde 2005.

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Alasdhair Willis: é o CEO da Established & Sons, da Inglaterra

A Established fechou um contrato de exclusividade no Brasil com a Micasa, loja de mobiliário sofisticada que fica no bairro do Jardim América, em São Paulo, que passa a representá-la no País. Os primeiros móveis, luminárias e objetos começaram a chegar à Micasa no final do mês passado – e já dão um belo panorama do acervo da Established, cuja principal característica é trabalhar com os designers mais criativos e irreverentes do mundo.

A fabricante inglesa tem entre os fundadores Alasdhair Willis, marido da estilista Stella McCartney, ou seja, genro do ex-beatle Paul McCartney. “Nossa missão era de criar uma empresa líder mundial em design que proporcionasse uma plataforma comercial de sucesso para a Inglaterra”, comenta Willis, que é também o CEO da Established & Sons.

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Wrongwoods: bufê para sala de jantar de autoria dos designers Richard Woods
e Sebastian Wrong especialmente para a fabricante Established & Sons

“Os designers britânicos ainda são a base do nosso negócio, mas estamos abertos para trabalhar com os melhores designers do exterior”, diz Alasdhair Willis à DINHEIRO. Entre os artistas que já criaram peças para a empresa estão o britânico Richard Woods e a arquiteta iraquiana Zaha Hadid.

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Gaveteiro Stack: com abertura para os dois lados, a peça foi desenhada pela dupla Raw Edges e Shay Alkalay

O time ainda tem os designers Sebastian Wrong, Jasper Morrison, Amanda Levete (Future Systems), Mark Holmes, Raw Edges e Shay Alkalay. “A principal vantagem da empresa é que ela reúne tanto o design comercial quanto o trabalho artístico”, diz Houssein Jarouche, proprietário da Micasa.

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Tudor Chair: a cadeira desenhada por Jaime Hayon já pode ser encontrada na Micasa, em São Paulo

De acordo com Jarouche, a casa inglesa, apesar de jovem, já tem uma importância mundial por reunir grandes nomes do design e por se apropriar de objetos do cotidiano e dar a eles um desenho com emoção. “As peças são lúdicas e, ao mesmo tempo, têm simplicidade e função. A Established quer mostrar que, por meio do design, podemos ter uma vida melhor.”

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Mesa Aqua Table: o móvel com pés na forma de gotas, criação da arquiteta
iraquiana Zaha Hadid, é uma das vedetes da coleção "Signature" da casa britânica

Segundo Jarouche, entrar no Brasil já estava nos planos da empresa britânica. O namoro com a Micasa foi breve, de poucos meses. “Eles se surpreenderam com a qualidade dos nossos estabelecimentos”, diz Jarouche. “Não estão preocupados com o volume, mas em estar nas lojas certas”, diz o empresário. De acordo com Jarouche, nesse momento, a Established também procura por designers brasileiros que possam integrar seu elenco.

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Torch light: lustre feito de várias luminárias unidas, do artista Sylvain Willenz. Disponível nas cores preto e vermelho

Entre os trabalhos que mais chamam a atenção estão os desenvolvidos em parceria com Zaha Hadid, como a mesa Aqua, cujos pés parecem pingos escorridos do tempo, e os bancos Nekton – cujas formas orgânicas lembram células e podem ser agrupados ou usados separadamente. Segundo a empresa britânica, muitas de suas peças desafiam a tecnologia e as leis da física. A intenção é aproveitar a originalidade e a energia do talento emergente, bem como produzir o trabalho de talentos já consagrados.

“Os trabalhos feitos com Zaha são os que mais chamam a atenção pela dificuldade de sua elaboração. São curvas dificílimas de executar e que poderiam comprometer a qualidade, se feitas de qualquer maneira”, diz o arquiteto Alvaro Guillermo, professor da ESPM, de São Paulo, e diretor da Mais Grupo, agência de estratégias criativas. “Acredito que os produtos da Established terão uma boa aceitação por parte do público brasileiro, porque buscam o diferente e o bem humorado.” Tudo com o mais sutil e rascante humor inglês.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Futuro dos objetos

Texto publicado na revista KAZA julho de 2010.

Pensar no futuro é um exercício que propõe uma metodologia muito particular, e o design é uma disciplina que nos possibilita visualizar este futuro. A semana de design de Milão 2010 reafirmou a importância da pesquisa, da investigação e da reflexão, em contraponto à inspiração. Razão, emoção e sensibilidade estão presentes em todas as etapas envolvidas: processos, materiais, formas, funções, etc. Não há mais como lançar um novo produto sem a preocupação com sua vida útil, seu descarte, e todos os valores que podem tornar nossa vida melhor no futuro. Todos os riscos e investimentos no lançamento de um produto ultrapassam a viabilidade financeira e ingressam na viabilidade sustentável. Se haverá gasto de energia e matéria-prima no novo produto, ele tem que contribuir com um mundo melhor, caso contrário o convencimento de sua necessidade será difícil. As empresas tornaram perceptível esta preocupação nos lançamentos de produtos.

O desenho do conforto

Texto publicado na revista Isto É Platinum. Julho 2010.

Salão de design de Milão mostra que bom mobiliário precisa mais de emoção do que de certificados.
As questões ambientais trouxeram uma série de exigênciasde certificação para o mundo do design, na última década.
Para pertencer a esses padrões de qualidade determinados, as empresas trilharam esse caminho, e o consumidor só passou a conhecer e reconhecer esses valores à medida que estivessem expressos por selos e certificados.
A Semana de Design de Milão apresentou uma alternativa clara e objetiva para esse dilema: o objeto tem de transmitir esses valores, e cabe ao design estabelecer a interface entre o consumidor e o objeto. A qualidade e outros valores subjetivos, como o conforto, devem ser percebidos pelo usuário e pelo consumidor independentemente de selos. De nada adianta ter selos e certificações se o usuário não percebe esses valores à medida que utiliza o objeto. Mais ainda: um produto com bom design pode transmitir esses valores mesmo antes de seu uso.

Milão o forum mundial do design

Fórum. Este conceito de criar um espaço para a reflexão é de origem Romana, a palavra FORUM, era o nome dado pelos Romanos à praça principal da cidade, o centro político, religioso, econômico e social da mesma. Ou seja, é cultural da Itália contemporânea ou dos romanos na sua origem, criar fóruns para encontrar os mais diversos públicos e discutir e fazer reflexões sobre algum tema.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Branding e Consumo Inteligente – Parte 1


Entrevista para Larissa Moraes da Design Merchandising on line

1. O que você acha das vitrines brasileiras em geral?
Muito mal exploradas. A maioria das pessoas passa na frente das lojas sem olhar para as vitrinas. Poucas utilizam este espaço de forma estratégica, destas poucas a maioria faz ações de apresentação do produto e do preço. Falta conhecimento no mercado do retorno que este tipo de ação traz, por isso há pouco investimento.

2. Que características especificas do consumidor brasileiro devem ser levadas em conta na hora de se projetar um ponto de venda?
Este consumidor tem dificuldade de Leitura Interpretativa, ou seja, mesmo letrado ou alfabetizado muitos não conseguem interpretar os dados e compará-los com outros, e talvez por isso é altamente indeciso – um dos índices mais altos do mundo. Praticamente 85% dos consumidores param frente ao PDV e ficam indecisos em relação à compra. Este é o ponto mais forte, e ações de PDV não podem deixar este perfil de lado.

para ver mais:http://www.studioviz.com.br/blog/entrevistas/

A Moda Veste Design

Materia publicada na revista Construir.
Destacando os lançamentos da semana de Design de Milão 2010

Clube de negócios focado reconhecimento do profissional.

Segmento vive momento de crescimento e qualificação profissional, pensando nisso o Part Club surge como uma alternativa e em apenas seis meses se destaca no cenário de São Paulo como atração a profissionais de arquitetura, design e decoração, interessados em melhorar seus negócios.

A Construção civil tem papel significativo para economia do país, são dados indiscutíveis que já estamos acostumados a ouvir nos maiores e melhores órgãos de informação. O importante agora é entender que este mercado, que não se limita apenas a construção, passa necessariamente pela necessidade de todos termos a oportunidade de viver melhor.

Experience Design e Sustentabilidade. Design para um mundo melhor.

Num mundo cada vez mais mediado pela tecnologia, em especial a tecnologia digital, as vivências de momentos singulares são experiências importantes para marcar momentos especiais em nossas vidas.

Se nesse momento estas experiências apresentarem valores de sustentabilidade podemos colaborar para ter um futuro melhor.

Design de experiências é conceber produtos, processos, serviços, eventos e ambientes focados na qualidade da experiência que o interator viverá naquele exato momento.



quinta-feira, 8 de abril de 2010

Qual é a relação que os seres humanos estabelecem com a Natureza?

Qual é a relação que os seres humanos estabelecem com a Natureza?
Esta compreensão pode nos ajudar a entender melhor nossos comportamentos e nosso futuro. Há momentos claros em que a competição é evidente e nesse caso ambos perdem. Há momentos de diálogo, de ações e repostas que ninguém ganha. Mas, há momentos em que juntos podemos fazer algo a mais, e aí, quem ganha somos todos nós, principalmente as futuras gerações, pois ganhamos mais tempo de vida. Afinal, não gostamos de colocar nossas vidas no lixo.
Lixo parece ser aquilo que ninguém quer e que é proveniente das atividades humanas.
Mas, que lixo é esse? Só porque não queremos mais alguma coisa ela passa a ser lixo? E quando o que descartamos serve para outros ou para algo, ainda é lixo? E quando ninguém quer o que descartamos e não serve para mais nada, é lixo?
E se o lixo é aquilo que não serve mais para nós nem para os outros, não serve para mais nada, agride o meio ambiente e demora tanto para se decompor, porque geramos tanto lixo?
Conceitos precisam ser reciclados também. Paradigma é um modelo, um padrão que passa a ser seguido pela maioria da sociedade como certo. É um pressuposto filosófico em que uma ideia pode desenvolver uma teoria que se torna uma base, uma referência científica para estudos e pesquisas. Por este motivo, é difícil mudar paradigmas e, também, é difícil perceber que estes mudaram.
O uso dos sentidos associados às nossas inteligências é o que nos torna humanos. Por isso, nos parece difícil acreditar que muitas das nossas ações sejam humanas, por estarem tão distantes de sentimentos e de inteligência.
É muito fácil compreender que o planeta Terra não precisa da existência do ser humano para continuar existindo. No entanto, o inverso não é válido, o ser humano precisa da existência da Terra para sua sobrevivência. Mesmo assim temos dificuldade de executar ações com este comprometimento no nosso dia a dia. Se quisermos que futuras gerações tenham um futuro melhor, é imprescindível que a Terra seja um lugar melhor do que é hoje.
O pensamento Ocidental demonstra que nossa existência nesta nossa casa (ECO) chamada Terra depende de compreender nossas relações com cada um dos elementos: o fogo, a água, a terra e o ar. Muito do que utilizamos, que nos agrada e que não descartamos, também causam grandes impactos ao meio ambiente e nem por isso o chamamos de lixo, ou seja, comprometemos a vida de nosso Planeta também com coisas que nos parecem úteis, imprescindíveis ou das quais gostamos.
O importante para nossa reflexão é perceber que para garantir nossa existência no futuro, preservando todos os valores sociais, culturais, econômicos e ambientais da nossa sociedade devemos garantir a existência deste Planeta com os recursos necessários para a sua sobrevivência.
Isto é sustentabilidade.
Alvaro Guillermo
Curador

Exposição Homem Natureza: Um percurso pelos quatro elementos


No mês de março inaugurou a exposição Homem Natureza, da CREDICITRUS, sob minha curadoria.
A idéia foi colocar a relação do ser humano com o planeta Terra, suas interferências e consequencias, para propiciar uma imersão em ambientes que permitissem experiências de impacto, para gerar a reflexão individual do seu papel neste mundo. Neste percurso o visitante deixa de ser um espectador para ser um interator, consciente de seus movimentos realçados pelos quatro elementos que contribuem na memorização das partes da Natureza.
O conceito se baseou nos seguintes critérios:

O conteúdo da exposição será gerado em módulos que permitirá a apresentação isoladamente ou em conjunto. Este ambiente sistêmico permitirá a remontagem de partes ou do todo em circuitos diferente e em tamanhos diferentes.

Cada módulo apresentará sempre os conceitos apresentados pela agência 6P:
1. Quanto lixo se gera
2. Conseqüências do lixo
3. Conscientização
4. Reaproveitamento e novos objetos
Para facilitar este conceito sistêmico propomos a elaboração de conteúdos em 6 módulos compostos por: uma entrada e uma saída e os quatro elementos:
1. A entrada – o lixo como barreira para andar, se desenvolver e o lixo como conseqüência do ser humano.

Os quatro elementos:
2. Fogo – representando a energia – as energias da natureza, sua vida útil e seu impacto. E a agressão e o lixo proveniente da geração de energia. Produtos que desperdiçam e outros que economizam energia.
3. Água – representando a bio. As diferentes águas do planeta, onde estão, sua vida útil e o impacto sobre elas. Produtos que desperdiçam e outros que economizam água.
4. Terra – Os diferentes tipos de solos, onde estão, sua vida útil e o impacto sobre eles. Produtos que desperdiçam e outros que economizam ou tem origem nos solos. (arte da terra, artesanato)
5. Ar - Os diferentes tipos de ar, onde estão, nossa vida no ar e o impacto sobre o ar. Produtos pensados para uma vida melhor. (design)

6. A saída - O ser Global. Pensar globalmente agir localmente. Imagens de diferentes partes do mundo. O mundo em decomposição. A conectividade da era digital. O lixo digital. A informação em tempo real e on line.
Diante da quantidade de informação levantada na pesquisa inicial, propomos a criação de um site com conteúdo mais completo dos dados apresentados. Isto reforçará a idéia que as informações apresentadas de modo sucinto na exposição, têm fundamento em pesquisas científicas.
Também permitirá à exposição, que será itinerante, seu acompanhamento por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo através do ambiente web, o que é coerente com esta proposta de cidadania global apresentada aqui na saída.

A informação de cada parte tampouco terá leitura linear, nem seqüencial por texto. A iniciação poderá ser por uma imagem, pelo som, ou pela luz, e na medida do interesse e da aproximação o texto poderá ser um reforço.
Há um entrelaçamento das informações que permitirá ao visitante uma leitura individual do apresentado, isto propiciará aos visitantes a criação de seu próprio roteiro e caminhada, tornando-o assim mais atrativo. Este conceito reforça a idéia de GARDNER, das múltiplas inteligências, onde dois visitantes que estiveram juntos e ao mesmo tempo, podem descrever duas experiências distintas, e enriquecem a exposição.
Cenografia:

As imagens e a cenografia proposta têm o objetivo de impactar o visitante, pela estética e pela experiência propiciada na visita. A quantidade de informações disponíveis sobre o assunto, e a quantidade de pautas nas mais diversas mídias, causa um cansaço da reflexão sobre o tema. Este tipo de apresentação cenográfica tem o interesse de atuar no reconhecimento e na rememoração de cada visitante (GUILLERMO, 2007, pag. 44). Desta maneira o visitante se sentirá um interator em cada ambiente, relembrando seu cotidiano, repensando sua vida.
Todos os ambientes estimularão todos os sentidos, é importante que este tipo de apresentação não atue apenas com a visão. Por isso cada ambiente no seu conjunto apresentará condições climáticas coerentes com o tema, transmitindo sensações térmicas associadas ao conceito da cada ambiente, onde som, aroma, e o tato serão estimulados também.
Todos os ambientes serão 100% acessíveis, permitindo que a circulação e os estímulos possam ser apresentados de forma universal.

A exposição seguirá conceitos de sustentabilidade, na escolha de materiais e descarte do mesmo, causando o menor impacto possível.

FICHA TÉCNICA:

Equipe Mais Grupo

Curadoria: Alvaro Guillermo

Pesquisa: Alvaro Guillermo Me. Arte, Educação e História da Cultura – Mackenzie – SP, Vanessa Empinotti Dra. em Ciência Ambiental - Colorado University –USA., Sandra Favorito Dra. em Ciência Ambiental USP, Paula Bergamaschi Moreira e Emily Divino.

Revisão: Meire Vibiano e Thais Fukasawa.

Pesquisa de Imagem: Daniela Mota Pils e Monica de Queiroz Sanches.

Infografia: Mayara Salgado , Felipe Ayub Crivelli, Livia de Lucca Fernandes

Equipe BUENO br.:

Cenografia: Ricardo Bueno e Leila Malvezzi

Montagem: equipe Bueno br.

Equipe 6P

Direção do evento :Renata Konkra Ayres