quinta-feira, 21 de maio de 2009

CONTEMPLAÇÃO MILÃO DESIGN WEEK 2009



Mais uma vez a semana do Design de Milão apresentou perspectivas para o setor, principalmente neste momento especial de “crise” financeira que o mundo vive.
Design nos mostra como podemos ter um mundo melhor, mais feliz e bem humorado, e principalmente mais focado no ser humano.
Inovação e novidades não significam necessariamente lançar novos produtos, mesmo assim também tivemos alguns lançamentos que se não estiverem presentes na decoração serviram para nos ajudar a fazer uma reflexão sobre estes.
Semanas deste tipo servem para isso, para nos ajudar a pensar o mundo que vivemos.
O design, a arquitetura, a moda e a arte tornam isto visível, e por este fato é mais compreensível ao público geral, motivo pelo qual atrai visitantes curiosos em ver design. Com objetos e imagens podemos sensibilizar milhares de pessoas, e formadores de opinião que multiplicarão estes conceitos por todo o mundo.
Cada vez mais, o mundo do design como “sonho de consumo” se aproxima ao mundo do entretenimento e do lazer. As pessoas saem para ver novos objetos e se divertir.

Esta mostra é uma síntese desta reflexão, feita pelos maiores especialistas do setor, arquitetos e decoradores que escolhem objetos para melhorar a vida de clientes e usuários. Estes, fazem desta semana um mergulho profissional, revisitando valores, programando atividades, e projetando o futuro.
Estes registros são uma ação colaborativa, na medida que, o compartilhamento de suas idéias torna público o que poucos puderam experimentar, esta exposição de idéias contribui para o enriquecimento do setor.
Analisar estes registros merece o mesmo cuidado que estes profissionais dedicaram na sua seleção, sintetizar em uma única imagem todos estes valores foi um exercício de reflexão que demandou tempo e conhecimento, e demonstra o preparo qualitativo dos participantes da mostra.
Uma imagem com todos estes valores é um ícone (EIKON do grego, imagem), ela traz consigo outros significados. Iconologia é apreciar estes significados que vem junto com estas imagens, a visitação desta mostra é um exercício de iconologia. Uma maçã pode significar muitas outras coisas, dependendo da escolha de sua imagem, das cores, das texturas, do enquadramento, dos detalhes, por exemplo, pode significar gastronomia, ou vitamina, ou até pecado.

Espero que o percurso por estes registros nos permita perceber os valores subjetivos que cada profissional selecionou para dar um significado especial a esta viagem de estudos, que o POLO DESIGN CENTER proporcionou, e que agora é aberta a toda a sociedade

ALVARO GUILLERMO
CURADOR

sábado, 16 de maio de 2009

Branding: design e estratégias de marcas

Branding: design e estratégias de marcas
Alvaro Guillermo

No mundo contemporâneo de mercados globalizados e novas tecnologias da informação –principalmente, as digitais–, as relações com os produtos sofreram alterações consistentes, e a desmaterialização dos objetos intensifica a importância do papel que a marca passa a exercer. Nesse novo contexto histórico, em que as identidades e as relações mais humanizadas ganham valor, as marcas serão o ponto-chave para estratégias de sobrevivência das empresas. De certa maneira, é simples perceber que a convivência com a chamada alta tecnologia afeta necessidades simples e intrínsecas ao ser humano como, por exemplo, o lidar com nossas emoções. Também é simples perceber que, a cada dia, a qualidade e o preço de produtos similares ficam cada vez mais próximos. Dessa forma, em diversas empresas, acompanhamos ações de design de produtos como estratégias pontuais para estabelecer uma diferenciação frente à concorrência. Isso também incentiva uma corrida frenética por inovação, trazendo, para o usuário, inúmeros objetos novos, totalmente desconhecidos, que podem mudar sua maneira de viver. O ponto-chave está em relacionar o produto ou serviço de tal modo que o usuário possa se identificar e, conseqüentemente, memorizar –ou, no mínimo, reconhecer– a marca. Isso acontecerá no exato e breve momento do contato, quando o usuário terá uma experiência única e singular, motivo pelo qual essa experiência deve ser muito bem planejada. Por isso, o planejamento estratégico de marca passa hoje por três pontos focais: a humanização, o design e os ambientes. Humanização – Passamos por vários momentos recentes da história em que valorizamos, em especial, as máquinas. Elas eram o ponto central de nossas vidas (era do hardware ). Mais recentemente, com o advento da informática e da tecnologia digital, os programas passaram a dominar nossas ações (era do software ), e, diante desse panorama, acreditamos que, a partir de agora, devemos centrar o foco de nossas ações no ser humano ( humanware ). A humanização das marcas diz respeito à necessidade de compreender e gerar ligações emocionais entre elas e os usuários. As marcas devem expandir seu universo sensorial e inteligente, dar importância a todos os sentidos. Não se trata de abandonar a visão, mas de implementar novos meios para que os outros sentidos também sejam atendidos. Trata-se também de entender bem os desejos e os anseios que os usuários não conseguem expressar com exatidão e que as pesquisas, na maioria, não demonstram –o que nos leva a buscar novas formas de pesquisá-los. As marcas também devem trabalhar com conceitos coerentes com sua identidade –e estes devem ser simples, objetivos e coesos. Definir o conceito antes de definir as estratégias de marca é pré-conceito. Humanização das marcas diz respeito também a reconhecer e compreender as múltiplas inteligências (GARDNER, 1995).
Cada ser humano tem uma forma especial de compreender o mundo e de processar a informação que recebe. Portanto, as marcas não devem escolher meios únicos, padronizados, de se conectar com o usuário. Não estamos medindo quantidade de inteligência, mas qualidades –e, principalmente, não estamos estimulando o uso de inteligência para acertar, mas para incentivar estudos de erro. Errar bastante enquanto se projeta e se planeja. Design – Ações de marcas são investimentos, são ações de futuro, são ações culturais, que têm o tempo certo de plantar, regar e colher –e perceber os erros nos permite corrigi-los e estender a duração dessas ações. Aqui, entramos em um novo tópico: visão de futuro. O importante é preparar-se para as mudanças que estão sendo projetadas e que, de alguma forma, a sociedade aguarda ou deseja. As marcas devem evitar surpresas. Surpresas não podem acontecer só com nossa marca. Se todos no mercado estão se preparando para mudanças e novidades, as marcas devem estar atentas para seguir ou não essas mudanças, mas conscientes delas. Aqui, o design estratégico ganha espaço, pois o tempo do design é o futuro. Design é uma disciplina que permite tornar visível o que até agora não existe em nossa realidade. É uma disciplina que permite estudar e preparar novas realidades, compreender e estabelecer metas e possíveis caminhos a empreender para esse futuro desejado. Se o futuro é de constantes inovações, devemos atualizar constantemente as estratégias, revendo, reanalisando e redesenhando esse futuro. Isso mantém as marcas vivas. Os ambientes – Finalmente, é importante destacar que essas experiências que as marcas devem proporcionar –muitas vezes, singulares–, não podem acontecer apenas ao acaso. Isso nos obriga a pensar espaços especialmente preparados para analisar e estudar os contatos entre a marca e os usuários. As marcas têm de pensar em ambientes comerciais próprios para esse fim, têm de pensar em espaços exclusivos para a apresentação da marca, ou brand spaces. Não são espaços para vender produtos, mas para propiciar uma experiência de marca. A maior parte das lojas tem seus ambientes comerciais focados na venda de produtos, e não na de marca. Por isso, a maioria não é lembrada. Para encerrar, cabe destacar que cada marca deve ter sua identidade muito bem definida, o que a tornará única. Dessa forma, as estratégias de marca devem ser definidas conforme essas identidades: o que serve para uma pode não se aplicar a outra. Talvez, o único conselho que possa ser indicado a todas, sem exceção, é estimular estratégias de design , pois isso as ajudará a pensar e preparar sempre o futuro.

Fonte: Portal HSM On-line 31/10/2007
Branding: Design e Estratégias de Marca

" Destinado a empresários – principalmente de pequenas e médias empresas – e para profissionais da área de comunicação, marketing e design, Branding: Design e Estratégias de Marca traz exemplos vivenciados pelo autor na criação, desenvolvimento e implementação de marcas, produtos e projetos no mercado global. Apresenta também cases atuais que ajudam a entender o mercado do design corporativo.

Alvaro Guillermo explica maneiras de como projetar e administrar as marcas, etapas primordiais das estratégias de branding e propõe “dicas” para o início do trabalho de design estratégico, como o próprio autor define. Além de um capítulo dedicado à relação entre as marcas e os ambientes comerciais: a marca no Ponto de Venda (PDV).

Com comentários da Profª. Dra. Mônica Moura, Diretora do Mestrado em Design da Universidade Anhembi Morumbi, o livro é bem direto e não se estende muito sobre aquilo que já se entende como óbvio na área do design. “Uma obra concisa onde não se confunde com manuais de ajuda e não chama logotipo de “logomarca”, que instrui sobre nome, símbolo e as outras – e novas – formas da marca” é o comentário do arquiteto e designer Cláudio Ferlauto na introdução.

“Espero que com este livro os leitores encontrem exemplos que demonstrem a importância da marca, e de uma boa assessoria profissional nessa área”, finaliza Alvaro Guillermo. "

demais editora: comunica@maisgrupo.com.br

http://www.prolivros.com.br/


Design: do Virtual ao digital

O design diferencia-se claramente do desenho por iniciar-se, especificamente, em uma atividade intelectual, de pensamento, definindo assim o ambiente como virtual e o tempo no futuro.

As Novas Tecnologias da Informação (NTI) têm contribuído para o desenvolvimento da materialização da idéia, dos desenhos e dos modelos físicos.

O design iniciava-se em uma atividade projetual que se tornava realidade no material. Hoje, graças à tecnologia digital, esse se desmaterializa para retornar a uma nova realidade, que é a realidade virtual do ambiente digital.

" Após incursões de sucesso no campo do design, Alvaro Guillermo lança seu primeiro livro: Design do Virtual ao Digital. O livro aborda a relação entre o design e a tecnologia, posicionando o leitor sobre o que é design, seus conceitos e mudanças até os dias de hoje.

Com uma linguagem clara, estudantes de design, educadores, webdesigners, enfim, profissionais da área ou interessados em conhecer aspectos importantes, que vão desde a escolha do termo design para definir a abrangência do estudo, passando pela relevância da Escola Bauhaus, precursora na arte de fazer com que produtos criados há quase um século continuem a ser objetos do desejo.

O texto de Guillermo mostra que o design tem facilitado muito o uso das novas tecnologias. "Os equipamentos ficaram mais fáceis de serem utilizados e mais "amigáveis". O mesmo ocorreu com os softwares que acompanhados da imagem, ficaram mais acessíveis. A revolução que foi o sistema Mac e Windows, baseados em linguagem de ícones, nada mais é do que design de imagens", explica Guillermo." Claudia Nascimento.

http://www.prolivros.com.br/

demais editora: comunica@maisgrupo.com.br


o Melhor do Design de Milão 2009






O evento contou com a presença de profissionais, lojistas e jornalistas.
Foi um bom momento de reflexão, pois ocorreu muito próximo ao encerramento da Semana de Design de Milão.
Podemos perceber como o design é importante principalmente nestes momentos de crise.
Neste link http://www.arquitetonline.com.br/ encontra-se uma entrevista com os profissionais palestrantes.
E neste link da revista KAZA uma prévia da próxima matéria sobre Design em Milão
http://www.acaoeditora.com.br/noticias/milao2009/milao.asp