Sustentabilidade não deveria ser uma tendência e, sim, um princípio de nossa humanidade. Infelizmente não existe um planeta B, nem outro plano a não ser voltarmos todos nossos esforços para este conceito, que também está muito atrelado à economia criativa, dos quais, mais uma vez, consumir no mercado local contribui para minimizar impactos ecológicos e sociais, como uso de menos transportes e assim menos poluição.
Lembrando sempre que a Sustentabilidade é um tripé apoiado no nosso planeta, nossa casa. Eco que vem do Grego oikos (pronuncia-se “écos”), daí os três pés: ecologia estudo da casa; economia normas ou leis da casa; e o terceiro as relações vivas que habitam este planeta, dando assim a visão social. Uma visão sistêmica, fundada na nova cosmologia, nas ciências da vida e da Terra, apresenta um conceito de sustentabilidade integral, aplicável ao universo, à Terra, à comunidade de vida e à sociedade como Leonardo Boff propõe em seu livro homônimo.
Existem muitos bons projetos no mundo, que começam a replicar. Com as redes sociais muitas destas ideias conquistaram espaço como a Warka Watter, na África, uma torre de captação de água do arquiteto e designer italiano Arturo Vittori, que coleta água do ar.
Construída com bambu, capta o vapor de água do ar e o transforma em água própria para o consumo. Não tem alta tecnologia, nem exige muita preparação do local, simples de montar, inteligente e criativo, atende seu propósito e um dos itens mais necessários para a vida humana: a água.
No Brasil também temos bons exemplos como o Atelier O’Reilly, da arquiteta Patrícia O’Reilly. Dos inúmeros projetos premiados de sustentabilidade destaco o projeto para a nova sede do Instituto Favela da Paz no Jardim Ângela, na região sul da cidade de São Paulo (SP). Projeto doado e que estará representando o Brasil na próxima Bienal de Arquitetura de Veneza uma das mais importantes do mundo. E com o que recebeu 1º Lugar no Prêmio e Fórum SP de inovação tecnologia no esporte, saúde, lazer e construção 2021 com realização da FENATS – Federação Nacional das Entidades do Terceiro Setor. O projeto tem como objetivo o aproveitamento de resíduos de construção e demolição em produtos decorativos de concreto e produção de tintas para fins artísticos.
O projeto arquitetônico da nova sede do Instituto em um terreno também doado, faz uma decodificação da “caoticidade” da realidade da casa onde hoje é o lar de todos e também o Instituto, preserva a organização arquitetônica existente e de forma livre conecta oito volumes construídos em woodframing.
São projetos dessa natureza e profissionais com esse engajamento que trazem esperança de um futuro melhor.
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