Inteligência artificial e o design de interiores
Alvaro Guillermo
Nestes últimos anos passamos a compreender melhor o significado da Inteligência Artificial (AI em inglês) e como convivemos com esta no nosso dia a dia. Está presente nos aplicativos que entendem como é nosso jeito de usuário, como Waze por exemplo que define rotas a partir de nosso jeito de conduzir, entre tantos outros.
Hoje com apps de AI estamos mais admirados ainda, como ChatGPT que está revolucionando a educação e colocando contra a parede inúmeras profissões.
Diante de todo este cenário o que podemos esperar num futuro próximo para nossas casas?
Uma dica já foi apresentada há 5 anos atrás pela Sony (em 2019) na semana de design de Milão. Por isso, quando visitamos a feira de Milão temos que ir com o olhar preparado para este tipo de análise, que é encontrar propostas para debater o futuro. Muitas vezes parecem absurdas ou distantes, mas, cinco anos passam muito rápido e é provável que em mais cinco anos algumas dessas propostas estejam em algumas casas.
O projeto nomeado Affinity in Autonomy , Afinidade na autonomia, propõe que a evolução dos objetos robóticos com AI será tão grande que nós seres humanos passaremos a ter afinidades por eles e vice-versa. Quando vivi essa experiência costumava dizer que esses robôs lembram minha border collie Gaia, que fica andando atras de mim pela casa toda, às vezes tenho que tomar cuidado para não bater com a porta nela.
Uma delas se baseia na iluminação, intitulada 'despertar', enfatiza como o aumento da consciência de nossos sentidos pode despertar um novo tipo de inteligência. Isto permite direcionar a luz de forma inesperada, a partir de uma inteligência. Se lembrarmos que hoje quando ligamos a luz parte de pontos fixos e aqui se propõe que a luz vai andar e direcionar feixes com livre arbítrio conforme a AI definir com a afinidade com o usuário.
Outra intitulada 'concordância', mostra que os objetos, como os humanos, terão suas próprias personalidades distintas. irão interagir, colaborar e agir de acordo com aqueles ao seu redor. no entanto, com movimentos imprevisíveis podendo até desencadear a formação de comunidades. Na mostra utilizaram cubos e esferas, mas imagine no futuro bancos, pufes, mesinhas andando pela casa, atrás dos usuários, ou fugindo deles. Sim! Porque tem pufe que não merece o dono. Bem se a Alexa já está no comando de sua casa, ou de seus projetos, comece imaginar como serão seus projetos para permitir toda esta afinidade e autonomia.