Muito feliz de fazer parte desta campanha que valoriza o objeto brasileiro feito à mão, da loja Brasilidades santos que preserva a diversidade da cultura brasileira, do nome às paredes de taipa. É uma visita obrigatória de quem está ou vai a Santos, a loja tem projeto da Carla Felippi que propõe um percurso de conhecimento das mais diversas técnicas de várias regiões do país, começando pelo cobogó da fachada, acompanhado de aromas, cerâmicas, plumas, tramas, madeiras até sabores num jardim bem brasileiro com cozinha e gastronomia.
Na juventude fui estimulado a viajar pelo Brasil, principalmente por minha família, por duas mulheres arquitetas Lina Bo Bardi e Janete Costa, e por meu professor e amigo Eduardo Kneese de Mello. Estes arquitetos sempre reforçavam a importância de viajar e conhecer a diversidade de conhecimentos do país.
Escolhi este banco por ser de Alagoas, que visito desde a década de oitenta, caminhando pelas mais diversas cidades próximas ao mar multicolorido, do sertão e da exuberância do São Francisco. Mas, comecei a me envolver mais com a região na década de 90 quando fui lecionar em Maceió e tive a grata surpresa de ter mais de 20 alunos que se tornaram meus professores e amigos, com eles aprendi muito sobre a cultura local, destaco apenas alguns poucos como a dupla Ana Maia e Rosa Piatti que tem em sua arte e design reconhecimento mundial e fazem de fato algo singular diferente com a sofisticação do das fine arts e o resgate de materiais simples do nosso redor. Também tive a oportunidade de conhecer várias comunidades de artesãs com Mirna Porto Maia, reaprender sobre o Zumbi e os Palmares, das Velas artes e das coloridas palhas. Mas, foi Maria Amélia e Dalton da galeria Karrandash que me ensinaram sobre a Ilha do Ferro, lá no São Francisco. E fiquei encantado com a minha primeira visita, é um local mágico, por sorte ainda preservado. Este banco é de lá do mestre Boró, levou quase 30 anos para que alguns brasileiros vissem estes objetos, hoje inseridos na decoração, estão presentes em mostras e revistas.
Nós podemos sentar em qualquer lugar: no chão, numa almofada, ou num pedaço de madeira. Quem já andou por este Brasil sabe como é bom sentar num tronco desses, num galho de árvore e deixar o pé na água sentindo a brisa no rosto. Ter o contato direto com a madeira é uma oportunidade rara, por isso de valor especial. Não deve se comparar o preço com produtos industrializados, devemos pensar em nossos filhos e nossas raízes, afinal Brasil vem de uma árvore.
Não posso deixar de citar a primeira dama @renata Calheiros que tem feito um trabalho maravilhoso para promover o Alagoas feito a mão, e os encontros entre designers e artesãos.
Muitos amigos antes de viajar me perguntam sobre dicas de diversas cidades, então aqui vai uma quando for a Santos não deixe de visitar a loja.
E você arquiteto e designer de interiores, que peça vai escolher para apresentar na campanha?