segunda-feira, 12 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Qual é a relação que os seres humanos estabelecem com a Natureza?
Qual é a relação que os seres humanos estabelecem com a Natureza?
Esta compreensão pode nos ajudar a entender melhor nossos comportamentos e nosso futuro. Há momentos claros em que a competição é evidente e nesse caso ambos perdem. Há momentos de diálogo, de ações e repostas que ninguém ganha. Mas, há momentos em que juntos podemos fazer algo a mais, e aí, quem ganha somos todos nós, principalmente as futuras gerações, pois ganhamos mais tempo de vida. Afinal, não gostamos de colocar nossas vidas no lixo.
Lixo parece ser aquilo que ninguém quer e que é proveniente das atividades humanas.
Mas, que lixo é esse? Só porque não queremos mais alguma coisa ela passa a ser lixo? E quando o que descartamos serve para outros ou para algo, ainda é lixo? E quando ninguém quer o que descartamos e não serve para mais nada, é lixo?
E se o lixo é aquilo que não serve mais para nós nem para os outros, não serve para mais nada, agride o meio ambiente e demora tanto para se decompor, porque geramos tanto lixo?
Conceitos precisam ser reciclados também. Paradigma é um modelo, um padrão que passa a ser seguido pela maioria da sociedade como certo. É um pressuposto filosófico em que uma ideia pode desenvolver uma teoria que se torna uma base, uma referência científica para estudos e pesquisas. Por este motivo, é difícil mudar paradigmas e, também, é difícil perceber que estes mudaram.
O uso dos sentidos associados às nossas inteligências é o que nos torna humanos. Por isso, nos parece difícil acreditar que muitas das nossas ações sejam humanas, por estarem tão distantes de sentimentos e de inteligência.
É muito fácil compreender que o planeta Terra não precisa da existência do ser humano para continuar existindo. No entanto, o inverso não é válido, o ser humano precisa da existência da Terra para sua sobrevivência. Mesmo assim temos dificuldade de executar ações com este comprometimento no nosso dia a dia. Se quisermos que futuras gerações tenham um futuro melhor, é imprescindível que a Terra seja um lugar melhor do que é hoje.
O pensamento Ocidental demonstra que nossa existência nesta nossa casa (ECO) chamada Terra depende de compreender nossas relações com cada um dos elementos: o fogo, a água, a terra e o ar. Muito do que utilizamos, que nos agrada e que não descartamos, também causam grandes impactos ao meio ambiente e nem por isso o chamamos de lixo, ou seja, comprometemos a vida de nosso Planeta também com coisas que nos parecem úteis, imprescindíveis ou das quais gostamos.
O importante para nossa reflexão é perceber que para garantir nossa existência no futuro, preservando todos os valores sociais, culturais, econômicos e ambientais da nossa sociedade devemos garantir a existência deste Planeta com os recursos necessários para a sua sobrevivência.
Isto é sustentabilidade.
Alvaro Guillermo
Curador
Esta compreensão pode nos ajudar a entender melhor nossos comportamentos e nosso futuro. Há momentos claros em que a competição é evidente e nesse caso ambos perdem. Há momentos de diálogo, de ações e repostas que ninguém ganha. Mas, há momentos em que juntos podemos fazer algo a mais, e aí, quem ganha somos todos nós, principalmente as futuras gerações, pois ganhamos mais tempo de vida. Afinal, não gostamos de colocar nossas vidas no lixo.
Lixo parece ser aquilo que ninguém quer e que é proveniente das atividades humanas.
Mas, que lixo é esse? Só porque não queremos mais alguma coisa ela passa a ser lixo? E quando o que descartamos serve para outros ou para algo, ainda é lixo? E quando ninguém quer o que descartamos e não serve para mais nada, é lixo?
E se o lixo é aquilo que não serve mais para nós nem para os outros, não serve para mais nada, agride o meio ambiente e demora tanto para se decompor, porque geramos tanto lixo?
Conceitos precisam ser reciclados também. Paradigma é um modelo, um padrão que passa a ser seguido pela maioria da sociedade como certo. É um pressuposto filosófico em que uma ideia pode desenvolver uma teoria que se torna uma base, uma referência científica para estudos e pesquisas. Por este motivo, é difícil mudar paradigmas e, também, é difícil perceber que estes mudaram.
O uso dos sentidos associados às nossas inteligências é o que nos torna humanos. Por isso, nos parece difícil acreditar que muitas das nossas ações sejam humanas, por estarem tão distantes de sentimentos e de inteligência.
É muito fácil compreender que o planeta Terra não precisa da existência do ser humano para continuar existindo. No entanto, o inverso não é válido, o ser humano precisa da existência da Terra para sua sobrevivência. Mesmo assim temos dificuldade de executar ações com este comprometimento no nosso dia a dia. Se quisermos que futuras gerações tenham um futuro melhor, é imprescindível que a Terra seja um lugar melhor do que é hoje.
O pensamento Ocidental demonstra que nossa existência nesta nossa casa (ECO) chamada Terra depende de compreender nossas relações com cada um dos elementos: o fogo, a água, a terra e o ar. Muito do que utilizamos, que nos agrada e que não descartamos, também causam grandes impactos ao meio ambiente e nem por isso o chamamos de lixo, ou seja, comprometemos a vida de nosso Planeta também com coisas que nos parecem úteis, imprescindíveis ou das quais gostamos.
O importante para nossa reflexão é perceber que para garantir nossa existência no futuro, preservando todos os valores sociais, culturais, econômicos e ambientais da nossa sociedade devemos garantir a existência deste Planeta com os recursos necessários para a sua sobrevivência.
Isto é sustentabilidade.
Alvaro Guillermo
Curador
Exposição Homem Natureza: Um percurso pelos quatro elementos
No mês de março inaugurou a exposição Homem Natureza, da CREDICITRUS, sob minha curadoria.
A idéia foi colocar a relação do ser humano com o planeta Terra, suas interferências e consequencias, para propiciar uma imersão em ambientes que permitissem experiências de impacto, para gerar a reflexão individual do seu papel neste mundo. Neste percurso o visitante deixa de ser um espectador para ser um interator, consciente de seus movimentos realçados pelos quatro elementos que contribuem na memorização das partes da Natureza.
O conceito se baseou nos seguintes critérios:
O conteúdo da exposição será gerado em módulos que permitirá a apresentação isoladamente ou em conjunto. Este ambiente sistêmico permitirá a remontagem de partes ou do todo em circuitos diferente e em tamanhos diferentes.
Cada módulo apresentará sempre os conceitos apresentados pela agência 6P:
1. Quanto lixo se gera
2. Conseqüências do lixo
3. Conscientização
4. Reaproveitamento e novos objetos
Para facilitar este conceito sistêmico propomos a elaboração de conteúdos em 6 módulos compostos por: uma entrada e uma saída e os quatro elementos:
1. A entrada – o lixo como barreira para andar, se desenvolver e o lixo como conseqüência do ser humano.
Os quatro elementos:
2. Fogo – representando a energia – as energias da natureza, sua vida útil e seu impacto. E a agressão e o lixo proveniente da geração de energia. Produtos que desperdiçam e outros que economizam energia.
3. Água – representando a bio. As diferentes águas do planeta, onde estão, sua vida útil e o impacto sobre elas. Produtos que desperdiçam e outros que economizam água.
4. Terra – Os diferentes tipos de solos, onde estão, sua vida útil e o impacto sobre eles. Produtos que desperdiçam e outros que economizam ou tem origem nos solos. (arte da terra, artesanato)
5. Ar - Os diferentes tipos de ar, onde estão, nossa vida no ar e o impacto sobre o ar. Produtos pensados para uma vida melhor. (design)
6. A saída - O ser Global. Pensar globalmente agir localmente. Imagens de diferentes partes do mundo. O mundo em decomposição. A conectividade da era digital. O lixo digital. A informação em tempo real e on line.
Diante da quantidade de informação levantada na pesquisa inicial, propomos a criação de um site com conteúdo mais completo dos dados apresentados. Isto reforçará a idéia que as informações apresentadas de modo sucinto na exposição, têm fundamento em pesquisas científicas.
Também permitirá à exposição, que será itinerante, seu acompanhamento por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo através do ambiente web, o que é coerente com esta proposta de cidadania global apresentada aqui na saída.
A informação de cada parte tampouco terá leitura linear, nem seqüencial por texto. A iniciação poderá ser por uma imagem, pelo som, ou pela luz, e na medida do interesse e da aproximação o texto poderá ser um reforço.
Há um entrelaçamento das informações que permitirá ao visitante uma leitura individual do apresentado, isto propiciará aos visitantes a criação de seu próprio roteiro e caminhada, tornando-o assim mais atrativo. Este conceito reforça a idéia de GARDNER, das múltiplas inteligências, onde dois visitantes que estiveram juntos e ao mesmo tempo, podem descrever duas experiências distintas, e enriquecem a exposição.
Cenografia:
As imagens e a cenografia proposta têm o objetivo de impactar o visitante, pela estética e pela experiência propiciada na visita. A quantidade de informações disponíveis sobre o assunto, e a quantidade de pautas nas mais diversas mídias, causa um cansaço da reflexão sobre o tema. Este tipo de apresentação cenográfica tem o interesse de atuar no reconhecimento e na rememoração de cada visitante (GUILLERMO, 2007, pag. 44). Desta maneira o visitante se sentirá um interator em cada ambiente, relembrando seu cotidiano, repensando sua vida.
Todos os ambientes estimularão todos os sentidos, é importante que este tipo de apresentação não atue apenas com a visão. Por isso cada ambiente no seu conjunto apresentará condições climáticas coerentes com o tema, transmitindo sensações térmicas associadas ao conceito da cada ambiente, onde som, aroma, e o tato serão estimulados também.
Todos os ambientes serão 100% acessíveis, permitindo que a circulação e os estímulos possam ser apresentados de forma universal.
A exposição seguirá conceitos de sustentabilidade, na escolha de materiais e descarte do mesmo, causando o menor impacto possível.
FICHA TÉCNICA:
Equipe Mais Grupo
Curadoria: Alvaro Guillermo
Pesquisa: Alvaro Guillermo Me. Arte, Educação e História da Cultura – Mackenzie – SP, Vanessa Empinotti Dra.
Revisão: Meire Vibiano e Thais Fukasawa.
Pesquisa de Imagem: Daniela Mota Pils e Monica de Queiroz Sanches.
Infografia: Mayara Salgado , Felipe Ayub Crivelli, Livia de Lucca Fernandes
Equipe BUENO br.:
Cenografia: Ricardo Bueno e Leila Malvezzi
Montagem: equipe Bueno br.
Equipe 6P
Direção do evento :Renata Konkra Ayres
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